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Paraná tem o 2º maior número de endividados, mas condição de pagamento das dívidas é a melhor em seis anos

Segundo pesquisa da CNC e Fecomércio PR 90,2% dos paranaenses possuíam algum tipo de dívida em agosto

 

Após elevação do endividamento em julho, a parcela de famílias com dívidas reduziu no Paraná em agosto. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), 90,2% dos paranaenses possuíam algum tipo de dívida. Em julho, esse percentual havia subido para 91,1%.

No cenário nacional, o endividamento atingiu recorde, com 72,9%. Entre os motivos da alta contratação de dívidas, a CNC lista a precariedade do mercado de trabalho formal e a inflação elevada. Em um recorte sobre o problema nos estados, o Acre ocupa o topo da lista de famílias endividadas (93,7%) em agosto. Já as famílias paranaenses pontuam o segundo lugar no nível de endividamento do país.

Condições de pagamento

Apesar do alto índice de endividamento, as condições de pagamento das dívidas são melhores no Paraná do que na média nacional. A parcela de famílias com contas em atraso segue em redução no estado, ao cair 5,3% de julho para agosto e baixar 24% na variação anual. Com 22,4%, chegou ao menor patamar desde setembro de 2013 (20,3%). A média nacional de atraso nos pagamentos ficou em 25,6%.

Da mesma forma, a proporção dos paranaenses sem condições de quitar seus débitos caiu para 8,3%, a situação mais favorável dos últimos seis anos (agosto/2015:  7,6%). Na comparação com agosto de 2020, houve melhora considerável entre os que permanecerão inadimplentes, com queda de 41,1% na variação anual. Já o cenário brasileiro aponta que 10,7% das famílias não terão condições de quitar suas contas.

A queda expressiva dos indicadores paranaenses pode ser atribuída a alguns fatores, entre eles o fato de que no mesmo período de 2020 a renda estava menor, pela redução salarial dos empregados e da renda das famílias. Apesar do governo federal ter relançado o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, nos mesmos moldes da MP 936/2020, a adesão foi muito menor em 2021. Com a pandemia também se verificou uma mudança no padrão de consumo das famílias, que passam a evitar novos endividamentos e priorizar gastos, principalmente as de baixa renda, cujo poder de compra foi diminuído pelo aumento do preço dos alimentos, gás e energia elétrica.

O avanço da vacinação tem contribuído para a retomada da economia e, consequentemente, na geração de empregos.

Tipo de dívidas

O cartão de crédito, como sempre, concentrou 73,1% das dívidas dos paranaenses em agosto, seguido pelos financiamentos de carro, com 12,3%, e casa, com 9,3%. No âmbito nacional, a proporção de dívidas no cartão de crédito também teve recorde histórico, com 83,6% dos brasileiros endividados neste método de parcelamento.

Análise por renda

Na segmentação por renda houve redução do endividamento nas duas faixas de rendimentos pesquisadas: nas famílias com renda até dez salários mínimos o índice de endividamento é de 90%, enquanto nas famílias com rendimentos acima de dez salários mínimos, é de 91,5%.

 

 

Karla Santin | Jornalista
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