Primeiro semestre de quedas no varejo paranaense
Pesquisa da Fecomércio PR mostra redução de -3,56% em relação ao mesmo período do ano passado
O varejo do Paraná fechou o primeiro semestre com queda de -3,56% em relação ao mesmo período do ano passado de acordo com a Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio PR). A baixa nas vendas fez com os empresários reduzissem os estoques em -4,28%. O nível de emprego também caiu -2,23% no semestre. O único indicador positivo diz respeito à folha de pagamento, que mostrou aumento de 2,2% nos salários pagos aos trabalhadores do comércio. A pesquisa também registrou redução de -5,18% nas vendas na comparação com maio e de -3,76% ante junho de 2014.
Os melhores desempenhos no acumulado do ano foram apresentados pelos setores de livrarias e papelarias (13,35%), supermercados (6,38%), farmácias (4,64%), combustíveis (4,41%) e pelas lojas de departamentos (2,2%). Já os ramos que tiveram as maiores baixas no faturamento foram as concessionárias de veículos (-23,87%), autopeças (-13,82%), calçados (-9,13%) e vestuário e tecidos (-4,67%).
Conforme analisa o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, a repercussão sobre as vendas relativas ao Dia dos Namorados é menor do que em outras datas comemorativas e se mostrou ainda mais fraca este ano. “A conjuntura econômica atual do país tem trazido restrições nas vendas do comércio nessas datas. Verifica-se até o momento no corrente ano, a ausência de fatores de aquecimento, o que impede uma melhora na economia”, avalia. Segundo o dirigente, instaurou-se no país uma combinação de variáveis macroeconômicas que repercutem, direta ou indiretamente, de forma a restringir o varejo, tais como: inflação maior que a do mesmo período de 2014, juros crescentes do Banco Central e do sistema financeiro, queda no desempenho da indústria, balança comercial do país negativa, desemprego crescente, redução na criação de novas oportunidades de trabalho, queda da massa de salários na economia e as restrições do poder de compra do consumidor.
Dados regionais
A análise regional mostra queda no varejo em todas as regiões pesquisadas durante os primeiros seis meses do ano. O pior índice foi observado na região de Ponta Grossa, que teve redução de -9,77%. Na sequência ficaram o Sudoeste (-5,05%), Londrina (-4,08%), região Oeste (-3,39%), Curitiba e Região Metropolitana (-3,37%) e Maringá (-1,81%).
Na variação mensal, a região Sudoeste foi a única a apresentar alta nas vendas de 2,3% em relação ao maio. Na comparação com junho de 2014, ainda que timidamente, Maringá mostrou elevação de 0,62% no faturamento do varejo, enquanto as demais regiões ficaram no negativo.
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