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Otimismo do comércio está em declínio no Paraná

O otimismo dos empresários do comércio e de serviços paranaenses continua em queda segundo a Pesquisa de Opinião realizada semestralmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). Apenas 33% dos entrevistados possuem expectativa favorável de vendas para os próximos seis meses. No mesmo período de 2014, esse índice era de 50%, que caiu para 39% no primeiro semestre deste ano.

Considerando que as perspectivas desfavoráveis para o 2º semestre chegaram a 31% e outros 29% dos empresários veem a situação futura como indefinida, este é o pior resultado nos 12 anos da pesquisa.

O pessimismo é maior entre os empresários do comércio varejista, com 36,43% ante 32,3% de opiniões favoráveis. Entre os prestadores de serviços, 34,5% acreditam que terão faturamento maior do que no mesmo período do ano passado, enquanto 22,81% preveem o desempenho será negativo. Os que consideram o próximo semestre incerto chegam a 33,92% no setor de serviços e 25,77% no comércio.

Quadro funcional

Apesar da baixa no otimismo, 64% das empresas pretendem manter o quadro funcional no próximo semestre, enquanto 23% pretendem reduzir o número de colaboradores. A tendência de cortes no pessoal aumentou, considerando-se que a redução era alternativa para 15% das empresas no primeiro semestre deste ano e para 13% dos gestores no 2º semestre do ano passado.

Em consequência, o percentual de empresários que planeja ampliar o número de funcionários caiu, passando de 16% no início do ano e no 2º semestre de 2014 para 7% neste próximo semestre.

Qualificação do quadro de colaboradores

Quando questionados sobre o grau de qualificação de seus colaboradores, 42% dos empresários consideram o grau de especialização de seu quadro funcional é muito satisfatório (acima de 80%), dentre os quais 6,7% atingem o nível máximo de excelência (100%). O nível de qualificação é visto como satisfatório (70%) para 26,5% dos gestores e para 31,5% a equipe pode ser aprimorada, por apresentar uma média pouco satisfatória (abaixo de 60%).

Entre as maiores dificuldades elencadas pelos empresários estão a inflação (70%) e a carga tributária elevada (68%), que já lideravam a lista de preocupações da última pesquisa, mas foram citadas com maior frequência nesta edição. O aumento no custo das mercadorias (63%), os clientes descapitalizados (33%), a falta de incentivo governamental (24%), falta de segurança (20%), falta de capital de giro (17%) e de mão de obra qualificada (17%).

Novos investimentos

A pretensão de novos investimentos tende a ser menor neste 2º semestre. Dos entrevistados, 25% planejam fazer novos investimentos, apesar no atual cenário econômico e político, mas esse percentual era de 39% no primeiro semestre e de 52% no mesmo período do ano passado. As principais áreas a serem beneficiadas pelas melhorias serão as instalações (54%), compra de equipamentos (42%) e capacitação da equipe (33%).

Opinião regional

As regiões pesquisadas apresentam um cenário bastante diferente entre si com relação às expectativas. A capital é a menos otimista do Paraná, com apenas 27% das perspectivas positivas para o próximo semestre. Os empresários da região norte são os que apresentam maior índice de expectativas favoráveis (47%). Na sequência estão as empresas do Sudoeste (46%) e Oeste (30%).

Confira a publicação completa da Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio: Clique aqui.
 





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