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Confiança do comércio paranaense volta a subir

Confiança do comércio paranaense volta a subir

Os empresários paranaenses iniciaram 2014 um pouco mais confiantes. É o que mostra a Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio, elaborada semestralmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). No levantamento, 62% dos entrevistados acreditam que terão vendas superiores às registradas no primeiro semestre de 2013, superando o ceticismo recorde da segunda metade do ano passado, quando apenas 54,58% das perspectivas eram favoráveis. O grau de otimismo, porém, ainda está abaixo dos percentuais dos últimos cinco anos e só ganha de 2009, que vivenciava o auge da crise econômica mundial.

Entre as expectativas favoráveis, 53,40% afirmam que as vendas no primeiro semestre de 2014 serão de 5% a 10% superiores as do primeiro semestre de 2013. E para isso, 53,89% se prepararam e incrementaram o estoque.

Os empresários do Norte do Paraná e da região Oeste são os mais esperançosos, com 65,15% e 63,79%, respectivamente. O índice de otimismo é de 56% na região central e de 55,32% em Curitiba e Região Metropolitana. De acordo com o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, as perspectivas mais otimistas nas regiões agrícolas do Estado indicam que a safra, mesmo com queda ocasionada pela seca, anima os empresários. “Temos duas situações opostas, uma de confiança e outra de esperança. O comércio da região Oeste mantém a empolgação do bom desempenho obtido em 2013, o mais alto do Paraná. Já as empresas de Londrina e Maringá acreditam na recuperação do varejo regional, que apresentou baixo rendimento no ano passado”, explica.

Sem perder de vista o desempenho moderado do varejo em 2013, para 57,14% dos comerciantes a situação financeira no segundo semestre de 2013 foi melhor do que no primeiro semestre, o que demonstra um crescimento satisfatório diante dos inúmeros obstáculos superados no decorrer do ano. Para 28,57%, a situação financeira ficou entre 5% e 10% superior e para outros 28,57% ficou entre 0% e 5% melhor. O faturamento da empresa foi o mesmo no período considerado para 25,32% dos entrevistados e para 14,28% foi inferior.

A classe média (B e C) representa 72,08% dos clientes atendidos pelo comércio paranaense. Na sequência, vem a classe baixa (D e E) com 12,34% e a classe alta representa apenas 5,52% dos consumidores.

Mais uma vez a carga tributária elevada ficou no topo da lista de dificuldades apontadas pelas empresas, com 47,08% das respostas, seguida pela falta de recursos próprios para capital de giro (42,21%), falta de mão de obra qualificada (35,71%) e encargos sociais elevados (30,19%).

Os fatores macroeconômicos foram as principais ameaças para os negócios no segundo semestre de 2013, especialmente a instabilidade financeira, apontada por 41,56% dos entrevistados, e o comprometimento da renda do consumidor, citado por 34,42%.

Para compensar tais dificuldades, as empresas apostaram no atendimento diferenciado, novidades, qualidade e diversidade dos produtos. Entre os pontos fortes do negócio estão: qualidade no atendimento e dos produtos, preço competitivo, além da tradição, credibilidade e nome.

“As empresas tiveram que compensar, com esforço próprio, as dificuldades econômicas, tributárias e conjunturais que ameaçavam atrapalhar seus negócios. O Sistema Fecomércio Sesc Senac é um importante aliado na formação de mão de obra especializada, no atendimento cultural, de lazer e de saúde aos comerciários e na defesa dos interesses do empresariado”, reitera Piana.





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