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Clima instável afeta vendas do comércio

Setembro fecha com resultados negativos em todos os comparativos


A instabilidade climática registrada no mês de setembro é um dos fatores que prejudicaram o comércio paranaense. Enquanto nos meses de abril e maio o frio impulsionou as vendas de roupas e calçados, em setembro a situação se inverteu. Com os estoques cheios de mercadorias da coleção primavera/verão, os lojistas tiveram vendas abaixo do esperado para o período. Na comparação com setembro de 2015, o setor de vestuário e tecidos apresentou queda de 15,33%. Calçados caiu 12,29%.

A queda registrada no resultado acumulado de janeiro a setembro foi de 3,9% em todo o Estado. Na comparação entre agosto e setembro houve baixa de 5,37%; no comparativo com o mesmo mês de 2015, a redução foi de 6,61%. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio, realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).

Para o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, apesar de setembro ter sido um mês de retração, o pior da crise já está passando. “Até o primeiro semestre, os números da economia estavam associados às limitações mais intensas do período, em termos econômicos, políticos e éticos. Após as mudanças que aconteceram no cenário nacional, abriu-se espaço para a consolidação de um novo contexto econômico que, se mantido, permitirá alimentar expectativas positivas que sinalizam benefícios para o país, para o Paraná e para os respectivos ramos do varejo.”

Setores

No período janeiro-setembro de 2016, os melhores resultados ocorreram nos ramos de supermercados e hipermercados, crescimento de 3,88%; e farmácias e drogarias, crescimento de 1%.  Todos os demais ramos do varejo apresentaram desempenho negativo.

No indicador que compara as vendas de setembro às do mesmo mês de 2015, houve aumento de vendas nos ramos óticas e cine-foto-som (3,74%); e supermercados e hipermercados (3,05%). Os demais tiveram queda nas vendas.

Dados mais imediatos, vendas de setembro comparadas ao mês anterior, indicam crescimento apenas em autopeças e acessórios (16,56%); móveis decorações e utilidades domésticas (14,03%).  Os outros ramos do varejo tiveram queda nas vendas. Em condições normais, o mês de agosto tem mais dias úteis (27) que setembro (25), além de contar com uma data comemorativa importante, o Dia dos Pais. Setembro, com um feriado nacional, costuma ser menos rentável para o comércio varejista.





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